quinta-feira, 24 de maio de 2018

Conferência de Abertura (dia 07/06) - "Guerras Híbridas e Bombas Semióticas Midiáticas: por que aquilo deu nisso?"

CONFERÊNCIA DE ABERTURA

Guerras Híbridas e Bombas Semióticas Midiáticas: como aquilo deu nisso?

Prof. Wilson Fereira

Resumo da apresentação: Como foi possível uma ação midiática organizada ter não só desestabilizado um governo para jogar o País numa surreal crise política, mas também ter envenenado psiquicamente a esfera pública de opinião, travando o debate político racional pelo ódio e intolerância. Através da articulação dos conceitos de "Bomba Semiótica" e "Guerra Híbrida" podemos entender os momentos em que a grande mídia nacional interveio politicamente, desde o golpe militar de 1964 até os atuais movimentos táticos da Guerra Híbrida. Como se forma uma engenharia de opinião pública e as possíveis táticas de "guerrilha antimídia". Os efeitos socialmente letais daquilo das "bombas semióticas" dentro de uma guerra geopolítica mais ampla – a "Guerra Híbrida", nesse momento impactando o contínuo midiático nacional e por trás das diversas "primaveras" que rondaram o planeta nos últimos anos. E também uma avaliação das oportunidades de contra-hegemonia perdidas e a possibilidade de uma guerrilha semiótica anti-mídia. Mas, principalmente, entender: afinal, por que aquilo deu nisso?

Sugestões de leitura para aprofundar o tema:

DREIFUSS, Rene A., 1964: A Conquista do Estado, Vozes, 1981.

KORYBKO, Andrew, Hybrid Wars: The Indirect Adaptative Approach to Regime Change. Tradução disponível em: http://www.abjornalistas.org/page.php?news=5119

FERREIRA, Wilson RV, O Caos Semiótico, Livrus, 2011.

_________ "Bombas Semióticas brasileiras (2013-2016): por que aquilo deu nisso?" disponível em: http://cinegnose.blogspot.com.br/2017/07/bombas-semioticas-brasileiras-2013-2016.html

Sobre o Palestrante:

Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi. Graduação em Jornalismo pela Universidade Católica de Santos. Jornalista, editor do blog "Cinema Secreto: Cinegnose" (http://cinegnose.blogspot.com.br) e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Teorias da Comunicação. Colunista dos portais de notícias Luís Nassif OnLine, Jornal GGN e Revista Fórum. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no Dicionário Crítico de Comunicação pela editora Paulus (2009), organizado pelo Prof. Dr. Ciro Marcondes Filho e dos livros O Caos Semiótico (2011) e Cinegnose (2011), lançados pela Editora Paulus de São Paulo.  Roteirista em audiovisual para EAD pelo Instituto Singularidades de São Paulo.

Comissão Organizadora.

O Brasil em transe

Nos últimos dias a situação política e econômica do país foi sacudida novamente por uma série de acontecimentos complexos e que mostram a falta de rumo do Estado brasileiro e de suas forças políticas.

O aumento dos derivados do petróleo nos últimos meses, acentuado ao longo das duas últimas semanas, vem impactando fortemente na economia brasileira, atingindo toda a cadeia produtiva e o setor de serviços. Esse descontrole mostra que um dos pilares do desenvolvimento entre os anos de 2003 e 2013 - a cadeia de petróleo e gás - vem sofrendo com uma política de desmonte que impacta diretamente em nossos vidas.

Um dos alvos principais do golpe, a Petrobrás, sob a administração privatizante de Pedro Parente, sofre com um processo de desinvestimento, cujo principal objetivo é a venda de seus ativos e, por fim, a privatização da companhia. Um do passos para essa realização é alinhar os preços de combustíveis no país à variação internacional dos preços do petróleo, o que beneficiaria os potenciais compradores e atuais acionistas. No entanto, esse esforço, até o momento feito sem impedimentos ou debates, por parte do grupo que tomou o poder, terá um preço altíssimo para a economia brasileira e seu desenvolvimento no futuro.

A população assiste atônita o que ocorre e tem dificuldade de compreender o processo. A grande mídia brasileira, seguindo seu papel de principal fiadora do Golpe de 2016, reforça a narrativa dos impostos altos sem sequer tocar na questão do desmonte da empresa. As perguntas que a grande mídia se recusa a fazer são as seguintes: a quem interessa a privatização da empresa? Qual o impacto do desmonte da Petrobras a longo prazo? Por que abrir mão do controle do petróleo como recurso estratégico para se construir o futuro do país?

Do lado dos caminhoneiros, através de seus sindicatos, se reforça o discurso setorial, sem sequer esconder a participação patronal, num movimento que lembra, guardadas as devidas proporções, a greve de caminhoneiros no Chile, que foi um dos fatores que alimentou o processo que levou  ao golpe de 1973, culminando no assassinato do presidente Salvador Allende e mergulhando o Chile na mais feroz ditadura da América Latina.

Com o país em transe - preso no processo que nos levou a uma situação em que as instituições desmoronam diante de nossos olhos (em que o poder executivo está paralisado e fragmentado, o poder legislativo se engalfinha em debates fisiológicos e o judiciário segue numa onda ativista, sem sinais de que virá a garantir a legalidade constitucional) -, é fundamental discutir como o Golpe de 2016 nos trouxe à presente situação e como a democracia pode ser resgatada no país, que agoniza a vistos olhos.

Marco Sávio
Coordenador do curso "O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil".

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Curso "O Golpe de 2016" - Programação do Módulo II


Módulo 02
Encontro 06:
Dia 11 de agosto, sábado
O desmonte da legislação trabalhista
Prof. Ms. Luciano Severino de Freitas (Curso de Direito – UNIPAC, Uberlândia)

Encontro 07:
Dia 18 de agosto, sábado
A conjuntura internacional do Golpe
Prof. Dr. Filipe Almeida do Prado Mendonça (Prof. Adj. do Instituto de Economia – UFU)

Encontro 08:
Dia 25 de agosto, sábado
As “Jornadas de 2013” e a captura da agenda progressista pelo conservadorismo: do MPL ao MBL
Profa. Dra. Patrícia Vieira Trópia (Profa. Adj. Instituto de Ciências Sociais – UFU)
Prof. Dr. Jiani Fernando Langaro (Prof. Adj.  Faculdade de História - UFG)

Encontro 09:
Dia 01 de setembro, sábado
A questão jurídico-penal do processo de impeachment de Dilma Rousseff
Prof. Dr. Helvécio D. de Oliveira Cunha (Prof. Adj. Faculdade de Direito – UFU)


Comissão Organizadora

Curso "O Golpe de 2016" - Programação do Módulo I


Módulo 01
Conferência de Abertura:
Dia 07 de junho, quinta-feira
Guerras Híbridas e Bombas Semióticas midiáticas: por que aquilo deu nisso?
Responsável: Prof. Ms. Wilson Ferreira (Editor do Blog Cinegnose – Prof. Universidade Anhembi-Morumbi – SP).

Encontro 01:
Dia 09 de junho, sábado
O presidencialismo de coalização e crise: a deterioração das relações políticas e o Golpe de 2016
Responsável: Prof. Dr. Edilson Graciolli (Prof. Tit. do Instituto de Ciências Sociais – UFU)

Encontro 02:
Dia 16 de junho, sábado
Por que golpe midiático? Uma análise comparativa das coberturas jornalísticas da Rede Globo e da TV Brasil sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff
Responsável: Prof. Dr. Wellington Amarante (Prof. Adj. do Curso de História – UFT)

Encontro 03:
Dia 23 de junho, sábado
A tragédia neoliberal e as ilusões neodesenvolvimentistas
Profa. Dra. Marisa Silva Amaral (Prof. Adj. do Instituto de Economia – UFU)

Encontro 04:
Dia 30 de junho, sábado
O desmonte das políticas públicas educacionais no pós-Golpe
Profa.  Dra. Lúcia Valente (Profa. Assoc. Curso de Pedagogia – ICH/UFU)
Fernando Henrique dos Santos (Mestrando FACED-UFU)

Encontro 05:
Dia 07 de julho, sábado
A Justiça de Transição e o Estado de Exceção permanente
Prof. Ms. Murilo Naves Amaral (Curso de Direito – Faculdade Pitágoras, Uberlândia)

Comissão Organizadora

Encontro 08 (Dia 01/09) - A questão jurídico-penal do processo de impeachment de Dilma Rousseff

Encontro 08 A questão jurídico-penal do processo de impeachment de Dilma Rousseff Resumo do Encontro:  Em nosso encontro de encer...