Nos últimos dias, no momento do início do debate eleitoral, testemunhamos um aumento da repressão às vozes dissonantes do processo que se desencadeou com o Golpe que derrubou a Presidente legitimamente eleita Dilma Rousseff.
Nesse quadro, a convocação para o uso repressivo do exército contra os manifestantes que foram a Brasília acompanhar o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, atual líder nas pesquisas, é apenas um sinal do aumento da perseguição, com intuito intimidatório, a quem procura refletir e denunciar esse processo de dilapidação da democracia no país.
Hoje recebemos a notícia de que o MPF (Ministério Público Federal) abriu um inquérito contra o IFCH-UNICAMP em virtude do curso "O Golpe de 2016", ministrado por aquela instituição.
Ver aqui: https://www.viomundo.com.br/denuncias/mpf-sai-a-caca-do-curso-sobre-o-golpe-de-2016-na-unicamp.html
Em todo o país vemos sinais de tentativas de intimidação a professores e alunos que representam vozes contestadoras dentro da universidade. Nesse sentido, voltamos a afirmar a universidade como espaço democrático de debate e troca de ideias. Mais do que nunca é fundamental debater e compreender a realidade que vivemos em nossos dias e pensar em alternativas para aquela que é, provavelmente, a mais séria crise institucional da história do Brasil (causada pela ruptura democrática de 2016). A universidade, nesse contexto, é o espaço onde o debate democrático deve ser preservado e incentivado.
Marco Sávio.
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