quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Encontro 08 (Dia 01/09) - A questão jurídico-penal do processo de impeachment de Dilma Rousseff

Encontro 08

A questão jurídico-penal do processo de impeachment de Dilma Rousseff


Resumo do Encontro: Em nosso encontro de encerramento contaremos com uma agenda dupla. Na parte da manha (10h00min), contaremos com a presença da Presidenta Dilma Rousseff narrando o processo de impedimento de seu mandato no Senado e as perspectivas da reconstrução democrática no Brasil. Em seguida contaremos com a apresentação do Prof. Dr. Helvécio Damis de Oliveira Cunha, cuja apresentação versará sobre a questão legal do processo de impeachment (14h00min) no Auditório I do Campus Pontal. Por fim, o encontro se encerrará com a fala do Prof. Ms. Luciano Severino de Freitas, sobre o desmonte dos direitos trabalhistas.

Abertura

O processo de impeachament no Senado

Dilma Vana Rousseff  (36.º Presidente do Brasil)

Local: Teatro Vianinha. Rua 24, 154 - Ituiutaba, Centro - Início 10h00min


Aula (14h00min - 16h00min)

A questão jurídico-penal do processo de impeachment de Dilma Rousseff

Prof. Dr. Helvécio Damis de Oliveira Cunha (FADIR/UFU)

Resumo da aula: Análise da ação de impedimento promovida e das figuras típicas imputadas. O julgamento do impedimento pelo Congresso Nacional como jurídico-político. Desdobramentos jurídico-penais do pós impedimento.

Sugestões de Leitura para aprofundar o tema:

BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte especial. 7. ed., rev., atual. ampl. São Paulo: Saraiva, 2013. v.5.
GRECO, Rogério. Código Penal: comentado. 8. ed. Niterói-RJ: Impetus, 2014.
JINKINGS, Ivana; DORIA, Kim; CLETO, Murilo (org.). Por que gritamos golpe? Para entender o impeachment e a crise política no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2017.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 11. ed., rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2015.


Aula (16h00min - 18h00min)

Novas configurações do trabalho: a reforma e o desmonte do direito trabalhista

Prof. Ms. Luciano Severino de Freitas

Resumo da aula: A partir da formulação da legislação baseada no reconhecimento de um Princípio de Assimetria entre os atores da relação de emprego, busca-se compreender a evolução do Direito do Trabalho, com suas peculiares características de Direito de cunho Social e o lento processo de desmonte das garantias, cujo ápice se coloca com a Lei 13.467/17 (Reforma Trabalhista), em atendimento das demandas produtivas, exclusivas, de um mercado com características  neoliberais. Nesse sentido, pergunta-se: essas “novas configurações reformistas” do trabalho, de fato, atendem aos trabalhadores?

Sugestões de Leitura para aprofundar o tema:

ANTUNES, R. Adeus ao Trabalho? São Paulo: Cortez, 2015.

ANTUNES, R; DRUCK, G. "A epidemia da terceirização". In: ANTUNES, R. (Org). Riqueza e Miséria do Trabalho. Vol III. São Paulo: Ed. Boitempo, 2014. 

DAL ROSSO, S. O ardil da flexibilidade: os trabalhadores e a teoria do valor. São Paulo: Boitempo, 2017. 

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. Estudo aponta que reforma trabalhista é inconstitucional. Disponível em:
<http://www.prt2.mpt.mp.br/419-estudo-aponta-que-reforma-trabalhista-e-inconstitucional>. Acesso: 28.08.2018.

SOUTO MAIOR, J. & SEVERO, V. S. 201 Ataques da reforma aos trabalhadores. Disponível em:
< https://www.jorgesoutomaior.com/blog/os-201-ataques-da-reforma-aos-trabalhadores>. Acesso: 28.08.2018.

Sobre os palestrantes:

Dilma Vana Rousseff: Economista. Duas vezes Presidenta do Brasil (2011-2014 e 2015-2016), tendo o seu mandato cassado por um Golpe Parlamentar. Foi ministra das Minas e Energia e Chefa da Casa Civil durante o Governo Luís Inácio Lula da Silva. Ocupou cargos na administração Alceu Colares, em Porto Alegre. Atualmente é candidata pelo Partido dos Trabalhadores a uma vaga no Senado pelo Estado de Minas Gerais.

Prof. Dr. Helvécio Damis de Oliveira Cunha: Possui graduação em DIREITO pela Universidade Federal de Uberlândia (1997), mestrado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003) e doutorado em EDUCACIÓN - Universidad de La Empresa (2011). O título de doutor em Educação foi reconhecido através da decisão administrativa n. 24/2011 do Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Uberlândia (CONPEP-UFU - data da sessão: 07/12/2011 - ordinária - décima primeira reunião de 2011). Atualmente é professor efetivo - adjunto - nível 1 da Universidade Federal de Uberlândia. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Penal, e também em Educação, com ênfase em Políticas Públicas na Educação Superior e Filosofia da Educação.

Prof. Ms. Luciano Severino de Freitas: Bacharel em Direito pela Faculdade Jacy de Assis e Mestre em Filosofia com Área de Concentração em Filosofia Moderna e Contemporânea na linha de pesquisa em Filosofia Social e Política pela Universidade Federal de Uberlândia, além de Especialista em Gestão Ambiental pela Faculdade Católica de Uberlândia - Minas Gerais. Atuou como instrutor em prática docente, junto ao Centro Cultural Norte Americano e como professor do Movimento de Educação Popular, em Uberlândia - Minas Gerais, no mesmo Estado lecionou na Universidade do Estado de Minas Gerais, campus fundacional de Ituiutaba. Atuou como professor no Curso de Direito do Instituto Luterano de Ensino Superior e foi Coordenador do Projeto Extensionista Conciliar para o Direito de Família na cidade de Itumbiara - Goiás. Atualmente é professor Assistente da Universidade Presidente Antônio Carlos -UNIPAC em Uberlândia - Minas Gerais.

Comissão Organizadora.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Encontro 07 (Dia 25/08) - 2013, O "povo nas ruas": entre utopias perdidas e a ascensão conservadora.

Encontro 07

2013, O "povo nas ruas": entre utopias perdidas e a ascensão conservadora

Prof. Dr. Jiani Fernando Langaro (FH-UFG)


Resumo do Encontro:

As “Jornadas de Junho” de 2013 suscitam ainda muita discussão no contexto da atual crise brasileira e enfrentam uma disputa em torno de sua memória, que oscila entre imagens do “povo nas ruas” – em luta por direitos sociais ou, em versões conservadoras, cansado da esquerda e da corrupção política – e do princípio do Golpe de 2016. A despeito dessas representações, o movimento ensejou certa complexidade, em virtude da grande diversidade de sujeitos envolvidos e de demandas levantadas naquela ocasião, todos em disputa pelo controle das mobilizações. A proposta desta atividade é compreender melhor as diferentes tendências que compuseram as “Jornadas” de 2013, as disputas que ocorreram entre elas e seus desdobramentos nos anos de 2014 e 2015. Pretende-se discutir como o movimento surgido de bandeiras progressistas – como o passe livre – acabou conquistado pela direita conservadora, que passou a utilizar manifestações de rua como recurso para inviabilizar a continuidade do Partido dos Trabalhadores à frente do governo federal. 

Sugestões de leitura para aprofundar o tema:

SINGER, André. "Brasil, junho de 2013: classes e ideologias cruzadas". Novos Estudos, n. 97, pp. 22-40, nov. 2013.

ANTUNES, Ricardo; BRAGA, Ruy. "Os dias que abalaram o Brasil: as rebeliões de junho, julho de 2013". Revista de Políticas Públicas, UFMA, n. especial, pp. 41-47, jul. 2014.

CALIL, Gilberto Grassi. "Embates e disputas em torno das Jornadas de Junho". Projeto História, PUC-SP, n. 47, pp. 377-403, Ago. 2013.

PARRA, Henrique Z. M. "Jornadas de Junho: uma sociologia dos rastros para multiplicar a resistência". Revista Pensata, Unifesp, v. 3, n. 1, s/p, nov. 2013.

SOUZA, Cláudio André. "O lulismo confrontado nas ruas: projeto político e ciclo de protesto no Brasil (2013-2017)". Cadernos do CEAS, UCSAL, n. 242, p. 688-710, set./dez., 2017.

Sobre o palestrante:

o Prof. Jiani F. Langaro é bacharel e licenciado em História pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, Campus de Marechal Cândido Rondon (2003), mestre em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU (2006) e doutor em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP (2012). É professor da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás - UFG, em Goiânia-GO. Realiza estudos na área de História do Brasil República, com foco nos temas cultura, cidade, trabalhadores, movimentos sociais, patrimônio histórico e cultural, memória e história.

Comissão Organizadora.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A crise da democracia no Brasil e o cerco ao livre debate acadêmico.

Nos últimos dias, no momento do início do debate eleitoral, testemunhamos um aumento da repressão às vozes dissonantes do processo que se desencadeou com o Golpe que derrubou a Presidente legitimamente eleita Dilma Rousseff.
Nesse quadro, a convocação para o uso repressivo do exército contra os manifestantes que foram a Brasília acompanhar o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, atual líder nas pesquisas, é apenas um sinal do aumento da perseguição, com intuito intimidatório, a quem procura refletir e denunciar esse processo de dilapidação da democracia no país.
Hoje recebemos a notícia de que o MPF (Ministério Público Federal) abriu um inquérito contra o IFCH-UNICAMP em virtude do curso "O Golpe de 2016", ministrado por aquela instituição.

Ver aqui: https://www.viomundo.com.br/denuncias/mpf-sai-a-caca-do-curso-sobre-o-golpe-de-2016-na-unicamp.html

Em todo o país vemos sinais de tentativas de intimidação a professores e alunos que representam vozes contestadoras dentro da universidade. Nesse sentido, voltamos a afirmar a universidade como espaço democrático de debate e troca de ideias. Mais do que nunca é fundamental debater e compreender a realidade que vivemos em nossos dias e pensar em alternativas para aquela que é, provavelmente, a mais séria crise institucional da história do Brasil (causada pela ruptura democrática de 2016). A universidade, nesse contexto, é o espaço onde o debate democrático deve ser preservado e incentivado.

Marco Sávio.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Encontro 06 (dia 16/08) - Eleições e democracia no pós-Golpe

Encontro 06

Eleições e democracia no pós-Golpe

Prof. Dr. Filipe Mendonça (EIRI/UFU)


Resumo do encontro: Pretendemos discutir neste encontro a relação entre Democracia, eleições e capitalismo. Para isso, abordaremos os acontecimentos da última quadra histórica, com destaque para a nova onda liberal e o esgotamento dos governos de esquerda no Brasil, na região e em outras partes do mundo.

Sugestões de leitura para aprofundar o tema:

RANCIÈRE, Jacques. "O ódio à democracia".
Disponível em https://psicanalisepolitica.files.wordpress.com/2014/10/o-odio-a-democracia-jacques-ranciere.pdf

MORAIS, Reginaldo C. Neoliberalismo: de onde vem, para onde vai?, de Reginaldo C. Morais.
Disponível em https://reginaldomoraes.files.wordpress.com/2012/01/livro_neoliberalismo.pdf

CHOMSKY, Noam. “As pessoas já não acreditam nos fatos”.
Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/06/cultura/1520352987_936609.html

Sobre o palestrante:

Possui graduação em Relações Internacionais pelo Centro Universitário Ibero Americano (2006), mestrado em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (UNESP, UNICAMP e PUC/SP) (2009) e doutorado em Ciência Política pela UNICAMP (2013). Atualmente é pesquisador do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (CEDEC) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu). Também é professor da Universidade Federal de Uberlândia (IERI/UFU) e do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da UFU. É autor do livro "Entre a teoria e a história: A política comercial dos Estados Unidos na década de 1980" (Editora UNESP) e "Poder e Comércio: A política comercial dos Estados Unidos" (Editora UNESP). Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Relações Internacionais, atuando principalmente nos seguintes temas: economia política internacional, política externa dos Estados Unidos, sistema multilateral de comércio, entre outros.

Comissão organizadora.

Encontro 08 (Dia 01/09) - A questão jurídico-penal do processo de impeachment de Dilma Rousseff

Encontro 08 A questão jurídico-penal do processo de impeachment de Dilma Rousseff Resumo do Encontro:  Em nosso encontro de encer...